De acordo com a Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA), o transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) é o mais comum em crianças e adolescentes, afetando cerca de 3 a 5% da população mundial. Em aproximadamente mais da metade desses casos, a condição acompanha o indivíduo também durante a vida adulta.
Você já ouviu falar nesse transtorno? Sabe como é feito o diagnóstico? Então, continue a leitura e tenha todas as suas dúvidas sobre o assunto respondidas!
O que é TDAH?
Trata-se de um transtorno neurobiológico que costuma ser diagnosticado na infância e, na maioria dos casos, permanece durante toda a vida do paciente.
Apesar de muitas pessoas acharem que não é um problema real, a Organização Mundial da Saúde (OMS) já reconheceu oficialmente o TDAH e, nos EUA, a população portadora desse déficit é protegida por lei para receberem tratamento diferenciado nas escolas.
Contudo, esse transtorno não é considerado uma doença. Por essa razão, não há uma cura para ele, mas terapias que auxiliam essas pessoas a conviverem com o problema.
Quanto à causa, ainda não há um consenso da comunidade científica sobre o assunto. Existe, entretanto, uma concordância sobre a origem do transtorno estar associada à genética, a anomalias cerebrais e fatores ambientais.
Quais são os sintomas?
Existem dois tipos de sintomas fundamentais para a caracterização do quadro. Um deles é a desatenção e o outro é a hiperatividade/impulsividade. Os adultos com o transtorno sofrem, frequentemente, com desatenção para pequenas ações rotineiras.
Além disso, costumam ser muito esquecidos, inquietos, estão em constante alternância de atividades e são impulsivos. Dificilmente esses indivíduos percebem esse comportamento e como ele afeta o convívio com as pessoas.
Em razão dessa dificuldade de relacionamento, muitos pacientes também desenvolvem problemas pelo uso abusivo de álcool e drogas, ansiedade e depressão.
Como diagnosticar?
O diagnóstico do transtorno do déficit de atenção com hiperatividade é clínico e deve ser realizado por médicos especialistas, que são, geralmente, psiquiatras, neuropsiquiatras ou neuropediatras.
Para o diagnóstico, o médico avalia vários critérios de subtipo, nível de remissão e gravidade do transtorno. Há também uma avaliação do histórico familiar do paciente, para que se avalie a condição genética.
Pode ser realizada uma investigação sobre as condições do parto, o desenvolvimento escolar, as ambições profissionais e a vida conjugal do portador do transtorno. A confirmação do quadro só ocorre após a coleta de todas as informações necessárias que auxiliem o profissional a reconhecer o transtorno.
Como é o tratamento?
O tratamento começa imediatamente após a confirmação do diagnóstico. No início, são realizadas avaliações com psicólogos, fonoaudiólogos, otorrinolaringologista, oftalmologista, psicomotricista e até profissionais de outras especialidades.
A prescrição de psicoestimulantes é imprescindível devido ao seu alto poder de eficácia e à contribuição que têm na melhora do funcionamento cerebral do paciente. A intervenção psicoterápica mais utilizada é a terapia cognitivo-comportamental (TCC).
Pode também ser indicada a participação em grupos de apoio psicoeducativos. Esses grupos ajudam os pacientes a lidarem com os sintomas e promovem a troca de experiências.
Saber lidar com os sintomas de TDAH é uma das partes mais difíceis do tratamento, por isso, é importante que haja análise e acompanhamento de um profissional especializado.
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