São muitos os fatores que levam uma pessoa ao consumo abusivo de drogas legais ou ilegais, e as questões emocionais e comportamentais estão intimamente ligadas a eles. É por isso que a psicologia se mostra uma importante aliada no tratamento da dependência química.
Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), esse quadro deve ser tratado como uma doença médica crônica e como um problema social. Dependentes químicos têm suas vidas afetadas em diversas esferas, com prejuízos nas relações familiares, no trabalho, entre muitas outras.
Por isso, o tratamento para essas pessoas têm um papel de reintegração social, que considere o contexto do indivíduo e os motivos que fizeram com que ele adotasse esse comportamento.
Nesse cenário, entra a psicologia, com recursos para ajudar o paciente a identificar essas causas, bem como conseguir controlar pensamentos e, consequentemente, o vício.
Fatores que podem levar à dependência química
Antes de explicar mais sobre o papel da psicologia no tratamento contra o vício, é importante entender alguns fatores que podem desencadear esse processo.
Curiosidade
É a vontade de conhecer os efeitos de determinadas drogas, principalmente na adolescência e na juventude. Isso pode fazer parte de um processo que leva ao consumo descontrolado, mas isso não significa que todas as pessoas vão manter o consumo.
Disponibilidade da droga
Álcool e o cigarro são substâncias químicas legais e podem ser facilmente adquiridas. Por exemplo, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 1,5 milhão de adolescentes já beberam. Mas as drogas ilegais também entram nesse ponto, variando conforme acessibilidade e custo.
Ansiedade e depressão
O uso de substâncias — inclusive daquelas que podem ser encontradas legalmente nas farmácias — pode estar associado a questões e transtornos emocionais angustiantes. Portanto, em busca de alívio, as pessoas recorrem a substâncias.
Contexto social
Pessoas que sofreram abuso, ou que se encontram em uma realidade de vulnerabilidade social, por exemplo, podem buscar nas drogas um caminho de aceitação, não apenas para o meio, mas de si mesmas.
Essa vontade de pertencer, de se enquadrar na sociedade, também pode ser um fator para o vício. Uma pessoa com baixa autoestima pode se sentir muito pressionada socialmente a consumir drogas.
Tratamento e papel da psicologia
Agora, vamos falar sobre o tratamento da dependência química.
O acompanhamento psiquiátrico já está consagrado como forma de auxiliar pessoas viciadas em substâncias, podendo, inclusive, lançar mão de medicamentos que ajudem a controlar as crises de abstinência.
Associada a ele, a psicologia entra como instrumento para a mudança de comportamento. Com sessões de terapia individual e, em alguns casos, em grupo, esse trabalho busca o entendimento da origem do paciente, de sua realidade e dos motivos que o levaram ao consumo de substâncias. As questões mentais estão muito presentes nessa análise.
Por meio de técnicas da terapia cognitiva-comportamental, por exemplo, o dependente conseguirá identificar estruturas de pensamentos e emoções que levam ao consumo de droga, e transformá-los de forma positiva. Isso possibilita um resgate da qualidade de vida e do bem-estar mental.
Com a psicologia, existe um trabalho de recuperação da autoestima, da autoconfiança e do autocontrole, permitindo, consequentemente, a superação da dependência química.
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